Otite e Ostalgia: dores de ouvido de nadador

O acúmulo de água no conduto auditivo externo é favorável para a proliferação de bactérias e fungos que podem causar uma inflamação conhecida como otite externa ou ouvido de nadador. Este tipo de infecção atinge desde o orifício mais visível da orelha até aproximadamente dois centímetros da membrana timpânica para dentro do ouvido, afetando diretamente a pele do conduto. Os sintomas mais comuns da otite externa são coceira e dor, mas também podem surgir secreção e uma perda auditiva temporária, devido ao inchaço no canal e obstrução do conduto na condução do som.



É comum vermos os termos “dor de ouvido” e “otite” usados como sinônimos, mas é importante entendermos a diferença entre eles. Enquanto dor de ouvido (otalgia) é o sintoma que leva alguém a procurar atendimento, otite se refere à um processo inflatório do ouvido e pode ser de dois tipos: otite externa e otite média. 
Além disso das otites, alterações dentárias e da articulação temporomandibular, infecções e tumores na garganta e doenças da glândula parótida estão entre outras causas de dores nos ouvidos.
TIPOS DE OTITES
Otite externa é a inflamação do canal auditivo, que começa no orifício visível da orelha e termina cerca de 2 centímetros mais para dentro. Esse é o tipo de otite mais comum nos meses quentes de verão, devido aos banhos de mar e piscina. A otite externa é uma inflamação da pele que reveste as paredes desse canal. Uma das causas mais comuns para essa inflamação é o excesso de água ou umidade acumulada. Outra causa costuma ser o mal hábito de se introduzir instrumentos de qualquer tipo para limpeza dos ouvidos. 
Já a otite média é uma inflamação mais profunda e sem relação com a entrada de água nos ouvidos. Neste caso, a parte inflamada é interna ao tímpano, numa cavidade protegida da entrada de água. A otite média não tem relação com a entrada de água e normalmente é causada por inflamações do nariz e da garganta, causadas por alergias, refluxo gastroesofágico, vírus e bactérias. Devido a maior incidência de gripes e resfriados no inverno, a otite média é mais comum nos meses mais frios do ano.
PREVENÇÃO DAS OTITES EXTERNAS
Seguem então algumas orientações para crianças e adultos em relação para prevenção das otites externas:

  • Tendo o diagnóstico de otite externa, não se deve praticar natação ou deixar cair água  dentro do canal auditivo durante o tratamento. Em crianças pequenas, mesmo o banho deve ser dado com atenção. Pode ser indicado usar algum tampão auditivo ou um algodão embebido em substância oleosa para vedar o ouvido durante o banho.
  • Crianças com otites externas repetidas devem tomar mais cuidado e podem se beneficiar do uso de gotas de vinagre e/ou álcool após sair da piscina. Outra dica pode ser secar as orelhas com o secador. O importante é que o ouvido fique seco por dentro. O maior problema não é a água que entra nos ouvidos, mas a água que fica lá por um tempo longo, criando condições ideais para o desenvolvimento de bactérias ou fungos.
  • Não introduza nenhum instrumento para limpar ou coçar o interior dos ouvidos. Além do risco de lesar a pele, a remoção da camada de sobre a mesma, deixa-a desprotegida e mais propensa a se infectar quando em contato com a água.

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